RECHEIO - Adeus, influencers
#️⃣ Edição 28
⏱️ Tempo de leitura: 10 minutos
“Faça o Instagram ser Instagram de novo”
Foi o que muita celebridade postou por ai em uma tentativa de convencer a rede social a deixar de ser tão… TikTok e voltar aos tempos de feed sem sugestão e imagens que não se movimentam.
E quer saber? Não vai adiantar nada.
O Instagram vai seguir em sua estratégia de aprimorar seu algoritmo e encontrar a fórmula certa de recomendar o que o público quiser ver. E há algo que a empresa já percebeu — e a própria Kim Kardashian também — que torna isso inevitável: a era dos influencers acabou. Agora, estamos na era dos creators.
Dá o follow
Enquanto no Facebook a gente se relacionava com famílias e amigos, no Twitter a gente passou a seguir pessoas que já eram famosas e, então, abriam um espaço para conversar com a gente. Foi só com o Insta que surgiu em peso a figura da pessoa famosa apenas por estar no Insta, com muitos seguidores e, consequentemente, poder de influência.
A moeda de negociação era clara: quantos followers você tem?
Pergunta-chave pra fechar campanhas milionárias, receber convites para eventos e ganhar credibilidade com marcas e entidades. Só que agora a coisa mudou bastante.
Sabe quem são as contas com mais seguidores no Insta? Cristiano Ronaldo, Kylie Jenner, Lionel Messi e Selena Gomez.
E os mais seguidos do TikTok? Khaby Lame, Charli D'Amelio, Bella Poarch e Addison Rae.
Isso mesmo, um monte de gente que você não conhecia.
Cara X Conteúdo
A razão é simples. Hoje, as pessoas consomem conteúdo. Durante os aproximados 52 minutos diários que as pessoas passam no TikTok, ninguém busca por contas específicas ou procura novidades de alguma celebridade. Elas ficam navegando em um fluxo sem fim de vídeos sugeridos, criados por usuários que você nem conhece e talvez nem veja o nome ou o @ deles.
O foco está totalmente no conteúdo. Ele é rei.
E isso não foi algo decidido pelas empresas, mas que aconteceu naturalmente a partir do comportamento de consumo dos próprios usuários. Em algum momento, o Instagram virou uma programação previsível, repetitiva e retocada à perfeição. Natural que o frescor e espontaneidade do TikTok agradassem em cheio a um público interessado apenas em se distrair e ver o tempo passar.
Então, não. O Instagram nunca mais vai ser o Instagram. E nossa relação com influencers e conteúdo também nunca mais será a mesma. A partir de agora, o novo jogo é claro: não é sobre o que você é, mas sobre o conteúdo que você cria. Saiba engajar, ser memorável e ter consistência para criar uma audiência que vai estar sempre com você. Mesmo que ela nem lembre do seu nome.
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.
Instagram cancela feed vertical
Sabe aquela história do Instagram fazer um feed totalmente vertical? Deixa pra lá… Em entrevista para o Platformer, Adam Mosseri (chefão do Insta) afirmou que “pessoas estão frustradas e os dados sobre uso não são incríveis”. Isso não quer dizer que o formato morreu totalmente, tá? Apenas que a inevitável adoção de vídeos recomendados no app deve acontecer de outra forma. Prepare seu coração (para mudar sua estratégia de conteúdo de novo).
—
Um Twitch da Meta
Aparentemente, não é apenas o TikTok que o Facebook está afim de copiar. Segundo um artigo do Business Insider, agora a rede social de Mark Zuckerberg está desenvolvendo uma plataforma para transmissões ao vivo chamada Super. Ainda é um teste e apenas 100 creators foram convidados para avaliar o novo recurso. Mas o sistema tem site e está ativo em super.events. Quem usou descreve como uma experiência totalmente separada das demais plataformas da Meta e com claro viés de disputar com a Twitch, inclusive dando oportunidade para monetizar as transmissões.
—
O tamanho ideal de texto para redes sociais
O Hootsuite fez daqueles guias salvadores sobre como postar conteúdos efetivos em cada rede social. Desta vez, o foco é ensinar, finalmente, quanto de texto escrever em cada post. As sugestões são baseadas em resultados analisados a partir de milhões de postagens diferentes. Então, basicamente:
Facebook: 1 a 80 caracteres.
Twitter: 71 a 100 caracteres.
LinkedIn: até 25 palavras.
Instagram: 138 a 150 caracteres.
YouTube: título de 70 caracteres e descrição de 157 caracteres.
Pinterest: 200 caracteres.
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Um gráfico pra você pensar…
Sabe aqueles destaques da página de resultados do Google? Pois você pode aparecer ali com um conteúdo seu, se souber as palavras certas para usar no SEO…
CHORRINDO
Não tá fácil nem pro Adam Mosseri. Pesquei esse retweet comentado aqui:
“acho engraçado você postar isso no twitter. o quê, sua timeline não-cronológica tornou difícil para os usuários do instagram verem o seu conteúdo?”
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
Você sabe o que é uma persona? Ah sabe?! Mas você tem um guia rápido e prático para consultar sempre que vai tomar uma decisão que vai impactar sua marca? Bem, o Hubspot sabe que seus clientes precisam disso. Daí criou um guia 2 em 1: as pessoas podem aprender o que é uma persona e também criar uma em um site simples, direto ao ponto e muito engajável. O Gerador de Buyer Persona é tudo o que uma ferramenta de conteúdo deve ser.
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• A solução para conteúdo B2B? Usar influencers de LikedIn.
• Lembra do investimento pesado da Netflix em games? Bem, menos de 1% dos assinantes estão jogando.
• 8 novas redes sociais que você precisa conhecer.
Obrigado pela leitura!
Esta é a newsletter RECHEIO. Toda quarta-feira, às 07h08, conteúdo que importa direto no seu e-mail.
Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).
Quer indicar para alguém? É só clicar no botão:
Se você ainda não é assinante, tá fácil e grátis:
Quero saber o que achou! É só responder este email. Mande opiniões, dúvidas e críticas.
Até a próxima!