RECHEIO - As más influências
#️⃣ Edição 10
⏱️ Tempo de leitura: 9 minutos
Onipresentes, celebridades, sucesso de audiência…
Vai ser muito difícil você encontrar hoje uma marca que não trabalhe de alguma maneira com influencers.
Segundo levantamento de 2019 da SocialPubli, 93% dos profissionais de marketing já usaram em suas campanhas de alguma maneira. Desses, um terço tem usado há pelo menos 3 anos.
Mas será que estão usando do jeito certo?
O conceito não é bem novo. A primeira influencer reconhecida oficialmente foi a Melinda Roberts, criadora do blog TheMommyBlog.com, no longínquo ano de 2002. Ela é creditada como responsável por iniciar a primeira onda de mães influenciadoras, o que atraiu muitas marcas. Mas foi com a chegada de outra novidade que coisa realmente disparou…
As tais das redes sociais
Não precisava mais ter preocupação com código HTML, templates, ferramentas de comentários. Bastava criar um perfil e pronto! Muita gente virou “microcelebridade digital” em questão de meses. Mas ninguém levava muito a sério (nem mesmo a imprensa). Até a explosão do Instagram em 2010 e o lançamento da função de anúncios pagos na plataforma em 2013. A partir dai, a possibilidade de se tornar “influencer profissional”, ou seja, fazer dinheiro com seus seguidores, virou realidade pra muita gente.
A tendência se espalhou para outras plataformas, principalmente no YouTube, onde o vídeo abriu possibilidades de pagar influencers para acompanhar lançamentos ou testar produtos para a audiência. Muita marca aproveitou bem. Outras, nem tanto…
Use com responsabilidade
Tem marca que viu resultados tão bons em suas ações de marketing de influência que decidiu substituir a estratégia de conteúdo por ações com influencers.
Calma lá, gente!
Já é bem aceito que influencers tem um grande peso nas decisões de compra do público, mas isso tem caído. Opiniões e experiências de “pessoas comuns” ganham mais relevância na hora de colocar a mão no bolso para comprar algo.
Por outro lado, uma estratégia de conteúdo bem estruturada consegue construir autoridade para as marcas, reforçando o domínio dela sobre certos temas e garantindo que seu posicionamento é claro e único.
Influencers não são uma estratégia completa, mas sim um canal para ajudar a compor a sua estratégia.
E sabe onde eles são realmente imbatíveis? Na hora do awareness.
Oi, você por aqui?
Encontrar o perfil de influencer certo pode levar você diretamente à audiência que você precisa. É um ótimo atalho para apresentar sua marca ou produto para cliente em potencial. Mas não crie esperanças. As chances de que a pessoa vai olhar o post e correr para o seu site comprar são pequenas… Mas ela pode passar a seguir seu perfil do Instagram.
Daí pra frente, não tem jeito: é preciso muito conteúdo para tornar essa pessoa engajada com você. Ou seja, se você focou apenas nos números e escolheu um influencer que não tem a cara da sua marca ou não pensou uma trilha de conteúdo que seja natural para quem está vindo de lá, vai ser difícil convencer esse público novo a ficar com você.
Segue a receita
Escolha influencers que tenham afinidade com o jeito da sua marca se comunicar.
Aposte em micro-influencers (entre 10.000 e 50.000 seguidores). Quanto mais focado em um nicho, melhor.
Garanta que sua marca fará parte da “história” dos posts, mas deixe que os autores criem a conversa, afinal são eles que conhecem o público.
Prepare-se para receber as pessoas em seus canais. Toda ação com influencers é uma nova porta de entrada.
E não esqueça de fazer o famoso disaster-check: uma pesquisa no histórico e perfil para garantir que o influencer de fato tem fit com a sua marca e não cometeu nenhum absurdo no passado que possa afetar sua campanha.
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Toda semana, um gráfico pra você pensar…
Quais países mais assistem vídeos no YouTube?
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.
O fim (do Analytics) está próximo…
O Google anunciou que a versão atual do Analytics (conhecida como Universal) vai acabar em 1 de outubro 2023. Até lá, você tem tempo de correr atrás de tudo sobre o GA4, já tido há algum tempo como a nova referência em análise de dados e comportamentos na internet. O que você precisa saber? Sua forma de avaliar resultados vai mudar. Vai ficar mais precisa, dar mais qualidade na análise de experiência e permitir integrações mais simples. A Liliane Oliveira fez um belo resumo lá no LinkedIn.
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O TikTok foi lá e copiou o Instagram…
Deve ter sido para retribuir o favor. Fato é que agora a rede social chinesa vai ter uma função de stories — posts que são deletados automaticamente 24 horas depois de publicados. Tem toda cara de ser um recurso que torne a plataforma mais amigável para quem está chegando agora e já acostumou com a função da rival (que nasceu originalmente no Snapchat).
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Dicas financeiras? Com licença…
É a regra nova na Austrália, onde a comissão de investimentos passou a exigir que influencers de social media tenham uma licença governamental para dar qualquer tipo de dica de finanças. Tem até um documento que aponta as frases desautorizadas e quem quebrar a regra pode ser preso. A preocupação do órgão regulador cresceu depois de uma pesquisa revelar que um terço dos jovens entre 18 e 21 anos segue algum influencer de finanças — e 64% declararam ter mudado de comportamento por causa deles.
CAIXA DE FERRAMENTAS
Os sites e aplicativos que salvam a vida de quem produz conteúdo.
O Brandmark Logo Maker é uma ferramenta que cria logos com ajuda de inteligência artificial. Basta colocar o nome do seu produto (ou newsletter…) e algumas informações como tema, palavras-chave, estilo. Não precisa de muito, mas esses insights ajudam a receber diversas propostas de design. Gratuito, mas você vai precisar pagar para ter acesso aos arquivos originais depois.
CHORRINDO
Tirei lá do Twitter do @MrLovenstein.
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
O Salesforce+ quer ser o Netflix do atendimento ao consumidor. Criada por uma das maiores empresas de serviços de CRM do mundo, é um streaming de séries exclusivas para inspirar e educar sobre relacionamento com o cliente. As produções tem alto investimento e é tudo grátis. Na prática, é uma área de vídeos no site da empresa. Mas está aqui a prova que o segredo, muitas vezes, é saber como fazer a embalagem.
Obrigado pela leitura!
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Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo, além de inovação, tecnologia e memes.
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