RECHEIO - Boa educação
#️⃣ Edição 24
⏱️ Tempo de leitura: 8 minutos
O papel do conteúdo na estratégia de marketing é de educar o público no valor da sua marca e do seu produto.
Essa é uma mensagem que eu gosto de reforçar muito na minha aula sobre Conteúdo, Máquinas de Atenção e Comunidades no curso CMO da StartSe University (juro que não é merchan).
E eu vou focar aqui no verbo-chave: educar.
Sim, porque uma das grandes características do Conteúdo de Verdade é que ele ajuda a esclarecer as coisas. Fazer sentido sobre o que é fato em meio a tantas informações imprecisas ou confusas.
No fundo, a marcas decidem fazer conteúdo para ajudar seus clientes. Para que todos sintam que têm mais conhecimento e informação. Então se a minha marca sabe tudo sobre sofás, por exemplo, nada mais justo do que eu compartilhar todo o conhecimento que eu tenho sobre comprar, cuidar, vender, fabricar, carregar... Enfim, toda e qualquer coisa que eu possa saber sobre sofás.
Um efeito direto: as pessoas vão passar a entender muito mais sobre sofás. Vão dar um baita valor para isso. Vão até preferir os meus sofás frente os concorrentes, afinal, fui eu que ensinou.
Mas outro efeito muito bom pra estratégia é que educação nunca tem fim. Sempre tem algo novo surgindo, sempre tem alguém que não sabia chegando. Sempre dá pra educar mais e melhor. E justamente por isso, mesmo que você monte uma estratégia de conteúdo 100% baseada em educar as pessoas, ela pode dar muito certo.
O que pode parecer raso do ponto de vista de amplitude acaba criando uma base muito sólida de autoridade. Um efeito "essa marca sabe do que está falando".
O efeito controverso? Quem educa não vende. Educar e vender não se misturam bem, e conteúdos educacionais são tão efetivos quanto são confiáveis. Então a pessoa não está nem perto de efetivar uma compra. Não está nem dando só uma olhadinha. Ela está apenas conhecendo e aprendendo. E é importante respeitar isso. Mesmo que vá dar briga no marketing.
Mas confie, fica mais fácil depois. Público bem educado é público com conhecimento e reconhecimento. Afinal, vai voltar depois sabendo quem você é. E o que você ensinou. E isso tem valor que vai agregar pra sua marca muito além do que uma venda imediata é capaz de entregar.
Eduque primeiro. Venda depois. Na ordem certa, os dois crescem juntos.
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Um gráfico pra você pensar…
Entre homens e mulheres, há quem tenha engajamento muito mais alto quando o assunto é redes sociais.
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.
Programar Reels: agora vai dar
Depois de muuuito tempo, a Meta liberou a API para que plataformas de postagens externas possam programar Reels. Na verdade, a liberação vai permitir muito mais coisas, como moderação de comentários e acesso a dados de insights. A ideia é turbinar o recurso, que é a grande aposta do Insta e do FB. Enfim, nossa vida vai ficar muito mais fácil.
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Aposte nas hashtags
Eu já falei aqui que o próprio Instagram deixa claro que as hashtags não influenciam no alcance ou no algoritmo de entrega. Mas são um ótimo recurso para ajudar seu post e seu perfil a serem encontrados no Discovery. O AdEspresso criou um guia bem completo sobre como usar com estratégia, incluindo a lista das 50 # mais populares. Aqui o TOP10:
#love
#instagood
#fashion
#photooftheday
#art
#photography
#instagram
#beautiful
#nature
#picoftheday
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Rede social é viciante?
A discussão está rolando nos tribunais da Califórnia. Os promotores do estado estão propondo uma ação contra as empresas de redes sociais como Meta e ByteDance para responsabilizá-las por causar vício em crianças. Segundo a discussão, as companhias teriam culpabilidade por “causar mal” aos menores. O movimento tem sido seguido por diversos estados americanos, e uma primeira ação pública pode abrir as portas para uma cachoeira de novos processos.
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Influência na aparência
E por falar em redes sociais e jovens, o site LookFantastic fez uma pesquisa sobre o impacto dos efeitos de “retoques” e “embelezamento” das redes sociais nas decisões das pessoas. Nasceu o conceito de “Tweakment”, tratamentos estéticos considerados leves e com efeitos sutis. O impacto também chegou aos apps de airbrush, que mudam o rosto para atender aos padrões estéticos das redes sociais. O gráfico abaixo dá a lista dos mais baixados:
CHORRINDO
“Todo social media que ainda está com acesso ao Facebook da empresa antiga consegue se relacionar com isso'“
[POST] Removam meu acesso por favor
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
A Frito-Lay quer que sua marca de tortilhas Doritos seja muito engajada nas redes sociais. E vem incentivando isso através de um comunidade que chama de “Legion of Creators” — na prática, é como uma promoção. Periodicamente, eles anunciam novas disputas, como “criar um wallpaper”, “criar um meme”, “fazer uma mixtape”, etc. As pessoas inscrevem suas ideias e a vencedora ganha dinheiro, o que pode ir de US$ 1 mil a 5 mil. De uma vez só a marca ganha várias opções de conteúdo para avaliar, engajamento dos participantes e divulgação. Vai dizer que um pacotão desse não sai barato pelo valor do prêmio?
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• Um guia completão sobre como reagir a assuntos do momento nas redes sociais.
• O Twitter é a rede social mais utilizada por jornalistas. Mas não pelo público.
E por hoje, acabou. Obrigado pela leitura!
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Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).
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