RECHEIO - Conteúdo de verdade
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Esta é a edição especial #00 de pré-lançamento da newsletter RECHEIO, enviada para quem acabou de se inscrever ou quer saber mais sobre conteúdo. Leia para ficar por dentro do que você encontra por aqui!
Já reparou como hoje em dia todo mundo produz conteúdo?
Olhando para as redes sociais, por exemplo. Facebook, Instagram e TikTok oferecem cada vez mais ferramentas, recursos e até mesmo remuneração para quem atualiza muito seus perfis.
“Creators” nada mais são do que pessoas comuns que postavam fotos do almoço, vídeos de seus cachorros e comentários sobre os livros que estavam lendo. Mas no meio do caminho… isso mudou.
À medida em que cada um de nós começou a desenvolver um público, deixamos de ser apenas pessoas e viramos nossas próprias emissoras de TV. E como ninguém gosta de ficar assistindo sempre a mesma reprise de “Te Pego Lá Fora” na Sessão da Tarde, começamos a diversificar. Melhorar a qualidade, variar nos temas, explorar as possibilidades do que engaja a audiência.
Mas para as empresas e marcas, a coisa foi um pouco mais traumática…
Elas identificaram logo de início uma oportunidade valiosa de falar diretamente com o público sem precisar colocar um anúncio no intervalo do futebol ou um merchan com alguma atriz na novela. Mas empresas só são boas mesmo em falar de uma coisa: de si mesmas. E logo isso gerou conflito.
O público não quer saber só dos seus produtos. Quer saber o que você pensa, no que acredita, seus gostos. Enfim, quer tratar sua empresa como uma pessoa que também está nas redes sociais curtindo memes e comentando “Não Olhe Para Cima” com a gente.
A solução? Conteúdo.
Qualquer tipo de post que ajude a ganhar likes, views, compartilhamento… Mas será que está certo? Se até gif de gatinho pode se conteúdo e valer milhões, como saber o que é conteúdo de verdade? Eu tenho algumas definições aprendidas com experiência de alguns anos e vou compartilhar aqui com você.
O que é conteúdo de verdade?
A primeira coisa que uma empresa tem que entender quando cria conteúdo é que ela acabou de entrar em um novo ramo de negócio. Não importa se você vende refrigerantes, tem uma marca de computadores ou uma loja de sofás. A partir do momento em que decidiu criar conteúdo, você acabou de criar um tipo de spin-off, uma nova empresa dentro da sua empresa que acompanha outras realidades de mercado.
Afinal, as métricas são outras, os investimentos são outros e até a concorrência é outra. Você não está mais competindo com quem também vende sofás, mas com quem também quer a atenção do seu público. Logo, falar só do seus produtos é limitado.
“Nos rankings de YouTube ou Instagram por número de inscritos, marcas corporativas mal aparecem. Apenas 3 entraram no Top 500 do YouTube. Em vez disso, você encontra entertainers de quem nunca ouviu falar, aparecendo do nada” (link)
Parabéns, você acabou de virar concorrente da Globo
Mas isso só assusta se você pensa pequeno.
Ao começar a produzir conteúdo, você também cria um laboratório valioso para ver o que realmente está acontecendo no mundo. Você deixa de olhar sua empresa de dentro para fora e passa a observar de fora para dentro. “O que está acontecendo na vida lá fora que eu preciso trazer para dentro do meu negócio?” E essa é outra definição importante de conteúdo de verdade: ele está constantemente conectado à vida das pessoas.
E isso é importante, pois o conteúdo de verdade transforma. Essa transformação tem que acontecer tanto para quem o consome como para a empresa que está produzindo. Pode ser uma grande ou pequena mudança. Seja na descoberta de algo novo, na maneira de pensar ou até na conexão emocional que uma história pode entregar.
“Mas Alberto, eu só quero vender sofás, isso que você tá falando parece muita responsabilidade”.
E é mesmo. Enquanto um conteúdo superficial pode gerar engajamento e aquela sensação de ter construído um público, isso acontece de um jeito frágil demais. E pode ruir no primeiro comentário de alguém perguntando sobre o posicionamento da sua marca em relação à equidade de gênero.
O que me leva a mais uma definição do conteúdo de verdade: ele é uma conversa.
Ou seja, ele age e reage de acordo com o que as outras pessoas trazem para você. Um conteúdo de verdade ajuda a esclarecer e formar opinião, mas ele também pode mudar com base no que a conversa esclarece.
Criar conteúdo fechado dentro de uma sala e sem conversar com pessoas fora da sua empresa é a receita para o desastre. Ou para a irrelevância. Frequentemente, ambos.
E por último, mas não menos importante:
O conteúdo de verdade é verdadeiro
E não, eu não deixei de revisar este texto. Pense em todos os problemas que as fake news criaram na vida das pessoas nos últimos anos. Seja nas eleições, nas crises sanitárias, nas dúvidas sobre a rotina delas. Isso gerou muita desconfiança, algo que tende a aumentar cada vez mais. Hoje as pessoas já confiam cada vez menos no que as instituições têm a dizer, porém, têm dado mais credibilidade aos discursos das empresas. Logo, ser superficial, enganoso ou simplesmente mentir não é uma opção.
Não importa qual seja a sua definição de propaganda, o conteúdo é bem menos flexível quando se trata de falar a verdade. O público reconhece isso e recompensa da melhor maneira possível: com a atenção e confiança dele.
Complicou demais? Não se preocupe…
Amigo, estou aqui
Com esta newsletter, eu espero ajudar você nessa tortuosa jornada de criar conteúdo de verdade.
Toda quarta-feira, você vai encontrar na sua caixa de entrada um email novinho recheado de tendências, exemplos, análises, explicações e práticas para quem trabalha ou quer trabalhar com conteúdo. Tudo em um formato simples de ler em até 10 minutos, mas cheio de links e referências para você se aprofundar no que quiser.
Mesmo se você não tem um plano ou estratégia, o principal aqui é estimular e mostrar que é apenas vivendo conteúdo de verdade na sua rotina que ele vai fazer diferença para você, sua empresa ou seus canais.
Inclusive, o nome é RECHEIO justamente porque ele é o que importa.
Forma, frequência, embalagem, planejamento… tudo isso tem seu valor. Mas é na hora de rechear que a mágica acontece.
Vamos lá?
A newsletter RECHEIO é escrita por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo, além de inovação, tecnologia e memes.
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