RECHEIO - É grátis!
#️⃣ Edição 64
CONTEÚDO É GRÁTIS
E eu não estou tentando criar nenhuma polêmica aqui com instituições jornalísticas, informativas ou até creators que cobram por acesso. Quem cria é responsável por precificar e entender a melhor remuneração por isso.
Porém, o papo aqui é sobre conteúdo de marcas. E nesse caso, a estratégia correta é uma só: tem que ser de graça.
Apesar de poder ser aplicado em praticamente qualquer etapa do funil de conversão, o conteúdo brilha mesmo em dois momentos: no awareness e na conversão.
Isso porque o conteúdo é a maneira mais amigável (e preferida) para as pessoas conhecerem novas marcas, produtos, serviços e tendências. E também a forma mais confiável de tirar as dúvidas no momento da compra.
É a jornada, não o destino
Quem compra não considera que o conteúdo seja o produto. É parte da jornada e amplifica sua relação com a marca, mas não é algo que as pessoas se interessem em adquirir separadamente.
“Mas minha marca não ganha dinheiro fazendo conteúdo”. Eu sei e isso é realidade até para as empresas de mídia. O caminho, a gente já sabe. O preço que a gente cobra é na forma de infos como e-mail, telefone e o que mais conseguirmos de dados pessoais dos usuários.
Porém, o que você precisa se dar conta é que você não está pedindo essas informações em troca de conteúdo. Você está pedindo em troca de firmar um relacionamento e, com essa proximidade, oferecer vantagens.
Pode ser uma curadoria mais detalhada do que você já publica. Um formato mais prático das informações que estão no seu blog. Até mesmo algum contato direto com quem produz os conteúdos.
O público não coloca o e-mail no formulário em troca de um e-book, vídeo ou inscrição em uma live. Ao fazer isso, ele está depositando uma confiança em um relacionamento onde espera receber ainda mais conteúdo, de mais qualidade e de forma mais otimizada.
Exclusivo sim, fechado nunca
Minha proposta sempre é de que nunca nenhum conteúdo de marca deve ser exclusivo ou fechado. Mesmo aqueles que pedem inscrição devem ser acessíveis sem ela.
O conteúdo vai ser sempre um ótimo primeiro passo para construir o relacionamento. Um excelente passo para evoluir esse relacionamento (através de cadastro, por exemplo). E um maravilhoso passo para consolidar esse relacionamento (em uma ou mais vendas). Uma eterna amostra grátis.
Isso acompanha algumas regras importantíssimas:
Sempre retribua a atenção do público com conteúdo de verdade.
Nunca engane o público disfarçando de conteúdo uma campanha de venda.
Sempre recompense a aproximação do público com mais facilidades no acesso ao conteúdo.
Nunca mude as regras do que é ou não livre para acesso — mas, se isso for inevitável, comunique com muita antecedência e clareza.
Sempre veja conteúdo como posicionamento de marca acima de posicionamento de produto.
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Um gráfico pra você pensar…
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.
Rede social retrô
Alerta de nova rede social: a Retro tem chamado atenção ao oferecer uma abordagem mais… retrô para a socialização online. Compartilhe fotos e vídeos da sua rotina com um grupo pequeno de pessoas mais próximas. Fundado por ex-funcionários do Instagram, o app é bem simples na proposta: ao invés de criar posts, você compartilha arquivos do rolo de fotos e vídeos que fez recentemente. Não precisa nem legendar. É meio como o “photo dump” que já acontece no Insta, mas você não precisa se ater a uma periodicidade e o feed fica separado por datas. Na era onde as redes sociais estão cada vez mais no passado, a ideia de novas plataformas que focam mais na socialização do que na rede (lembra do BeReal?) deve se tornar uma tendência cada vez mais frequente.
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Emoji chorrindo
Em comemoração do já tradicional World Emoji Day, o time de Emojipedia divulgou a lista dos 10 emojis mais utilizados até agora em 2023. O ranking completo você vê abaixo, mas alguns dados interessantes para você que ainda tem dúvida sobre o uso do recurso nas comunicações da sua marca: em 2022, 77% dos trabalhadores dos EUA e Reino Unido declararam ter sentido a necessidade de usar emojis para se comunicar melhor; Nos últimos 10 anos, o uso de emojis no Twitter cresceu 22,5%; E, finalmente, a Geração Z associa uso de determinados emojis com maior conexão emocional. Agora, o Top 10:
😂
🤣
❤️
🙏
😭
😍
✨
🔥
😊
🥰
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A Meta é vídeo
Não contente em comer o almoço do Twitter, a Meta ainda quer tomar espaço do TikTok no mercado. Para isso, está fazendo uma revisão geral da estratégia de vídeos do Facebook. O Facebook Watch vai virar apenas “Vídeo”, reunindo Reels, Lives e programas mais longos. As ferramentas de edição e remix dos formatos curtos vão ficar disponíveis para todas as outras opções também. Tudo isso potencializado por uma nova aba de Explorar focada apenas em vídeo. Vale acompanhar de perto e retomar as apostas por lá, quem sabe isso ajuda a reverter a queda crônica de alcance que as páginas têm sofrido.
Esta semana rolou uma pergunta meio existencial aqui:
O filme da Barbie pode ser considerado conteúdo?
A definição que eu sempre uso para estratégia de conteúdo para empresas é: educar o público no valor do seu produto. A palavra valor, no caso, indo além de preço, mas aquilo que vale e contribui para as pessoas. Não vi o filme da Barbie, mas dá para notar que a produção está atenta em levantar discussões sobre consumismo, liderança feminina e os papel das mulheres na sociedade e no mercado de trabalho. Tá lá no slogan da boneca desde sempre: “você pode ser tudo que quiser”. O filme constrói um discurso para educar o público sobre esses valores e associá-los à Barbie. Então, sim, é um conteúdo de marca (além de marketing). Tanto que poderia ser até o case da semana. Mas não é…
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
Há coisa de um mês, o McDonald’s decidiu trazer de volta o personagem Grimace (que no Brasil se chamava Shake) para seu aniversário de 52 anos. A comemoração foi na forma de um milkshake roxo em edição limitada. Mas o presente que a empresa recebeu foi um meme viral no TikTok, onde usuários faziam vídeos fingindo desmaiar depois de experimentar a bebida. Produções cada vez mais elaboradas e bizarras que se espalharam para Twitter e Instragram, atingindo, somadas, bilhões de visualizações. Em um post recente no LinkedIn, o diretor de marketing do Méqui nos EUA esclareceu que eles não tiveram nada a ver com a campanha e até se questionaram se deveriam entrar ou não na onda, já que o engajamento era favorável à marca de qualquer forma. No fim, eles encontraram uma maneira natural de participar, respondendo e amplificando o que os usuários faziam. Uma lição de autocontrole na hora de ver o conteúdo gerado por usuários (UGC) rolando solto com a sua marca.
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• Como conseguir mais views no Instagram Stories
• Dicas para construir um site realmente acessível
• Novíssimo report do TikTok sobre as tendências em games
Obrigado pela leitura!
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Por, Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).
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Até a próxima!