RECHEIO - Não seja fake
#️⃣ Edição 21
⏱️ Tempo de leitura: 9 minutos
Você também tem aquela sensação de que tudo na internet é falso?
Não estou falando das fake news, mas dos conteúdos postados pelas celebridades. Os vídeos feitos por influencers. A rotina de trabalho perfeita publicada pelos seus contatos no LinkedIn…
Sim, este texto é motivado pelo tal post da Boca Rosa, que revelou seu planejamento de stories no Instagram “sem querer”. Se você fica em choque com a ideia de alguém planejando seu dia para postar nas redes sociais, sinto informar que isso é bem básico. Mas o importante nessa conversa não é sobre marketing (afinal, é “marketing de conteúdo”, certo?), e sim como esse estranhamento causado pela situação é um sinal importante pra você se ligar.
Fato ou fake?
Você já sabe (e se não sabe, saiba) que as pessoas estão bem cansadas de conteúdo falso. Elas continuam perdendo a confiança na mídia e nas instituições. Elas rejeitam cada vez mais excesso de imagens retocadas… Enfim, as pessoas estão em busca do chamado Conteúdo de Verdade.
Aliás, é por isso que estão por aí fenômenos como o Casimiro e até mesmo aqueles vídeos tipo novela que estão explodindo para fora do TikTok e do Kawai.
Não se tratam de conteúdos sem planejamento ou 100% espontâneos. Mas sim de produções autênticas, que a audiência identifica como originais e dedicados a agradar quem assiste.
Com toda essa profissionalização recente dos conteúdo, tudo virou negócio. Não são apenas marcas que focam em produzir posts e mais posts que só servem para falar da própria empresa. Influencers também começaram a focar cada vez mais em si mesmos e nos seus parceiros pagos. E ai a audiência perdeu o interesse e foi procurar quem realmente quisesse valorizar a atenção dela.
Não tem problema nenhum a Boca Rosa esquematizar todo o dia dela para ter uma programação bem estruturada. Mas a coisa vai por água abaixo quando isso sacrifica a autenticidade — como se a própria pessoa tivesse virado algo quadrado e engessado.
Eu vejo que atualmente estamos em uma bifurcação. Quem produz conteúdo pode achar que tem uma ideia clara do que o público quer. Mas cada vez mais, essa ideia do conteúdo perfeito está virando lugar-comum. Exatamente o que a TV tinha virado no passado antes de ser engolida pela autenticidade oferecida pelo YouTube.
As pessoas se voltam para conteúdos originais, sinais de espontaneidade e humanização. As marcas também precisam atender isso. Não à toa, as ações com micro e nano influencers estão se tornando tão efetivas. Quando mais autenticidade e proximidade, melhor. Então, atenção: se algo parecer falso, não vai ter valor como conversa. Não deixe de equilibrar um planejamento bem feito com a espontaneidade e verdade necessárias para se conectar com seu público. Na dúvida, siga seu instinto.
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O engajamento do Instagram realmente está caindo
Não é só impressão sua, não. Segundo levantamento da Later feito com mais de 81 milhões de posts de feed (excluindo Reels), a média de engajamento na plataforma caiu quase pela metade nos últimos dois anos. Os principais motivos: os conteúdo sugeridos no feed da home, a redução do tempo de permanência dos usuários no app e, claro, a chegada dos Reels. Se liga no gráfico:
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Content Writing x Copywriting
Afinal, você sabe mesmo a diferença entre os dois? Bom, o primeiro é focado em criar conteúdo de viés explicativo, informativo e esclarecedor. Já o segundo tem objetivo de persuadir ou convencer na compra de um produto. A diferença parece clara, mas ainda tem muita empresa que confunde. Então aqui está um guia prático pra você usar.
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Gostinho de Pinterest
A Tastemade fez uma parceria global com a Pinterest para a produção de muitos e muitos vídeos exclusivos. Serão 50 novos programas, conteúdos ao vivo e eventos, contando com parcerias com diversos creators. Tudo a ser transmitido no Pinterest TV — a aposta da rede social para entrar com peso no mercado de vídeos. A parceria é promissora, já que a empresa já era uma das mais pinadas na plataforma. Imagina agora!
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Dicas para estratégia de conteúdo online para marcas
Vindas diretamente da Forbes:
Faça conteúdos interativos.
Desenvolva conteúdos úteis não-promocionais.
Faça conteúdo para o que a audiência precisa.
Mescle diferentes tipos de conteúdos com foco no público.
Crie conteúdos para cada etapa do funil de marketing.
Pense em conteúdos inspiradores e práticos.
Publique conteúdos data-driven com consistência.
Sirva o seu público e atenda seus interesses.
Faça conteúdos de lideranças (tought leadership).
Encontre terceiros para validar seu conteúdo.
Escreva sobre sua categoria de mercado.
Entenda como sua audiência consome conteúdo novo.
Compartilhe sua experiência.
Vá onde está sua audiência ideal e interaja com ela.
O detalhe de cada um dos itens está lá no artigo completo.
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
A Loft lançou um portal. E sim, esse parece ser sempre o caminho inevitável para as empresas que querem trabalhar conteúdo nas três principais frentes: posicionamento, descoberta e conversão. No caso do Portal Loft, a estratégia nem é muito secreta. A empresa quer se colocar como referência no assunto morar, o resultado é um site repleto de dicas, tira-dúvidas, insights e tudo aquilo que já foi muita moda em revistas de decoração dos anos 2000. Vou acompanhar de perto!
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• O Spotify comprou a empresa que cria vozes com inteligência artificial (e apareceu no novo “Top Gun”).
• Saiu o resultado do Dieline Awards, o Oscar das embalagens.
• Direto da New Yorker: como a internet nos transformou em máquinas infinitas de fazer conteúdo.
E por hoje, acabou. Obrigado pela leitura!
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Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).
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