RECHEIO - Será que tá dando certo?
#️⃣ Edição 02
⏱️ Tempo de leitura: 9 minutos
Um dos maiores dilemas para quem trabalha com conteúdo é: como saber se está dando certo?
Primeiro, vamos tirar uma coisa do caminho: qualquer medida de sucesso através de conteúdo leva tempo. O resultado de conteúdo é no longo prazo (repita como mantra). Isso significa pelo menos 6 meses. A realidade na maioria dos casos? Um ano.
Isso mesmo com estratégia pra dar certo. Mas você sabe o que é “dar certo” pra você? Pra muita gente, é ter muitos seguidores no Instagram e milhares de likes. Mas se a sua expectativa é conseguir vendas, por exemplo, esses números não valem nada. São as chamadas “métricas de vaidade”, que fazem a gente se sentir bem e superior ao concorrente, mas não significam negócio fechado na prática.
Aliás, não se apegue tanto à concorrência. A cultura de compra de seguidores e likes é uma realidade e a maioria das empresas não persegue mais esses números (nem mesmo o próprio Instagram). O que importa é outra coisa…
Foco no comportamento
As pessoas costumam estar de guarda baixa quando consomem conteúdo, diferente da publicidade, que deixa elas em um estado mais alerta. Por isso, você precisa estar em sinergia com os hábitos das pessoas. Viver com elas.
As métricas de conteúdo precisam ajudar você a entender sempre mais sobre o comportamento do seu público.
Como ele gosta de descobrir coisas? Quando ele está mais envolvido? Com que frequência ele volta?... Pense primeiro em qual comportamento aproxima ele de você, depois, crie hipóteses sobre quais seriam as melhores maneiras de medir isso.
Agora sim
Vamos falar de algumas métricas-chave para você acompanhar.
Quer tornar sua marca conhecida por públicos novos? Fique de olho no alcance nas redes sociais (mais até do que seguidores). Se você tem um site, então significa um bom número de usuários vindos organicamente do Google e um crescimento contínuo e sustentável, mesmo que na faixa de 10%. O que você quer é chegar a cada vez mais gente nova e o comportamento a medir é como as pessoas descobrem você.
Quer uma base que ajude você a ampliar suas mensagens? Busque muitos comentários (que não dependam de ações artificiais como “só passo link pra quem comenta”) e compartilhamentos nos seus posts. Seu site precisa ter mais de 1 clique por visita e sua newsletter tem que ter boa taxa de abertura (20% ou mais) e encaminhamento. O comportamento é de pessoas que entram na sua conversa.
Seu negócio é vender? Então tenha um público que clica muito. Somente pessoas com hábito de clicar entram em uma trilha de conteúdo que resulte em venda. Mas isso precisa ser um comportamento que você cultivou na sua audiência. Ou seja, a pessoa clica porque ela gosta de ir a fundo no que você entrega pra ela.
+ Recomendo este post do guru do SEO Neil Patel para ver mais.
E lembre-se: Faça medições mensalmente, mas olhe pelo menos 1 vez por semana como andam os números. Faça perguntas curiosas (“qual horário nosso público começa a interagir com a gente? qual horário ele para?”), só assim você vai evoluir sua estratégia e seu negócio. Afinal, conteúdo é descoberta e isso também vale pra quem faz.
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Toda semana, um gráfico pra você pensar…
Quer ver qual tipo de conteúdo de sites e blogs as pessoas mais compartilham nas redes sociais? Pois veja, listas e infográficos ficam bem acima da média:
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo
O Instagram vai criar opção de assinatura…
Pois é, foi só eu falar na edição passada que a Twitch oferecia opção de lucrar com assinaturas, mas o Instagram não… que eles foram lá e lançaram um teste para que 10 influencers da rede tenham assinantes. Os seguidores pagam entre 99 centavos e 99,99 dólares por mês para ter acesso a exclusividades, como stories fechados, além um avatar especial de identificação. Uma porcentagem do valor, claro, fica para a rede social.
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O Pinterest vai investir em conteúdo próprio…
Para ganhar mais espaço no mercado brasileiro. A empresa cresceu 200% durante o primeiro ano da pandemia (todo mundo resolveu criar boards de inspiração), mas caiu 40% em 2021. André Loureiro, diretor-executivo do Pinterest na América Latina, falou em entrevista à Forbes que eles vão reverter essa tendência investindo em criadores de conteúdos por aqui, além de fazer parcerias pagas com marcas.
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O YouTube não quer mais séries…
Por isso anunciou que vai (praticamente) encerrar o YouTube Originals, braço de produções originais da plataforma que nunca decolou. Era pra ser um rival de Netflix e Disney+, mas a verdade é que poucas pessoas estavam a fim de pagar para ver séries por lá. Porém, as iniciativas de remunerar creators com canais comuns parece estar dando muito resultado, por isso a empresa vai reforçar seu foco nessa frente. Aliás, o único case de sucesso do YT Originals foi a série “Cobra Kai”, que foi parar… na Netflix.
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A Forbes listou 16 tendências de conteúdo para 2022…
Com a ajuda de um conselho da marca formado apenas por líderes de grandes agências dos EUA. Entre os destaques estão “maior foco no modelo de agência híbrida” (que não executa tudo sozinha), “criação de conteúdos com Inteligência Artificial” (acredite, já é realidade), “adoção de influencers como embaixadores” e, claro “metaverso” — essa proposta de mistura de mundo real e virtual que, neste momento, pode até ser uma aposta distante… Mas quem chega primeiro para rechear sempre aumenta as chances de colher mais resultados, não é?
COMENTÁRIO FAVORITO
Sobre a RECHEIO da semana passada, veio do Bruno Lois lá no LinkedIn:
A news de hoje foi do Cazé ao case 🤣
Aqui até a audiência é cheia de conteúdo! E por falar em case…
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo
TUDUM é o novo site de conteúdo da Netflix sobre os conteúdos… da Netflix. O que nasceu como um evento para fãs realizado em setembro do ano passado cresceu para se tornar um hub onde a empresa vai dar detalhes, novidades, entrevistas e materiais extra sobre suas séries e filmes. O plano? Dominar a conversa que hoje acontece em outros sites pela internet. O diferencial? Tudo vai ser recomendado com base no que cada usuário assiste. Ou seja: aplicar o que a empresa já faz bem em um novo campo de atuação. Por enquanto, está só em inglês, mas logo ganhará versões em outros idiomas.
Obrigado pela leitura!
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Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo, além de inovação, tecnologia e memes.
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