RECHEIO - Experimente
#57
Existe uma diferença fundamental entre as estratégias de conteúdo em empresas pequenas e aquelas de empresas grandes e estabelecidas…
A possibilidade de fazer experimentos
Enquanto marcas grandes podem ter toda uma maturidade na sua estrutura de marketing e no seu modo de desenhar a estratégia geral, elas também constroem uma mentalidade de “muito a perder”, o que torna sua capacidade de experimentação e tolerância ao erro muito pequena.
Já nas empresas pequenas, não tem jeito. A briga para criar consistência e frequência vem sempre acompanhada da necessidade de ideias rápidas e de baixo (ou nenhum) custo para fazer as coisas saírem do básico e ganharem algum destaque.
Essa mentalidade de teste é algo que deveria estar em absolutamente toda estratégia de conteúdo.
Mais do que isso, ela deveria estar em detalhes mínimos da rotina. É ir além de testar uma ação de parceria com outra marca, uma live de lançamento ou um conteúdo novo. A experimentação precisa estar também nos horários de publicação, nas redes sociais escolhidas, no layout das peças, enfim, em tudo.
É fácil se apegar às dificuldades do dia a dia e concentrar nas dores mais imediatas: colocar os posts no ar, garantir a atração de leads, consolidar a audiência…
Mas eu estou aqui para lembrar você sempre que conteúdo é uma ótima ferramenta para entender o comportamento das pessoas. E, embora encontrar um comportamento e atuar de acordo com ele seja muito bom, não é o suficiente.
Eu posso até saber que meus seguidores no Instagram engajam mais com posts às 9h, naquela chuva de likes. Mas será que eles podem comentar mais se eu fizer um post estimulando isso? Em qual horário? Com qual frequência?
A gente acaba aceitando, pelo bem da consistência, que o perfil só performa bem naquilo mesmo e acaba abandonando a possibilidade de testar. Qualquer ideia um pouco fora da caixa já ganha o rótulo de “desse jeito não funciona”.
Mas será mesmo?
É importante testar para descobrir a razão de não funcionar e, quem sabe, descobrir algum outro comportamento que você nem imaginava.
Olha como eu faço (já há um bom tempo):
Toda semana, eu olho os resultados da estratégia e dou mais atenção a algum dado que me chame atenção por ter ido bem ou mal.
Eu formulo alguma hipótese para aquilo poder ir melhor. Por exemplo: se ao invés de colocar uma pessoa na thumb, trocarmos por uma palavra estourada, pode dar mais cliques?
Formulada a hipótese, eu refino no formado de um teste que dure 1 semana. Do tipo: vamos publicar as thumbs desta semana sem nenhuma pessoa. Ou: metade das thumbs terão pessoas, metade não.
Então eu acompanho a aplicação dos testes, mas sem interferir demais. Espero até a semana completa para avaliar.
Hora dos resultados. Quando dá certo, ótimo! Temos um novo comportamento descoberto (pessoas gostam de thumbs com palavras grandes) e podemos pensar em como tornar consistente. Quando dá errado, melhor ainda. Dá para formular uma nova hipótese e colocar para rodar, sabendo o que não funciona.
Faça isso toda semana, sem falhar, com pelo menos 1 teste. Isso garante que você nunca fique no conformismo e sua estratégia não engessa.
Estimule seu time a fazer isso também e você terá uma equipe dinâmica, curiosa e dona da estratégia de forma coletiva. É sucesso na certa. Eu testei e garanto.
A partir desta edição, a news volta a ser publicada pela plataforma Substack. O endereço segue o mesmo: reche.io
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TESTE RÁPIDO
Quem é a pessoa com mais seguidores em todas as suas redes sociais no mundo?
A. Barack Obama
B. Cristiano Ronaldo
C. Neymar
D. Rihanna
Resposta no final da news!
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Um gráfico pra você pensar…
Sim, o Facebook faz mais receita por usuário sendo gratuito do que a Netflix cobrando mensalidade. A Meta faz o dinheiro com a rede social através de publicidade e conta com muito mais “clientes”: 1,96 bilhões contra 232 milhões.
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.
Dos usuários para o seu perfil
O Instagram está lançando um novo recurso que permite que marcas publiquem conteúdos criados pelos clientes. Sempre que uma pessoa postar uma foto ou vídeo utilizando um dos seus produtos, a marca pode destacar o conteúdo dentro de sua vitrine. Basta que a empresa peça permissão de repostar o material, que é liberado direto pelo usuário. Tem muita possibilidade boa para explorar!
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Google paga NYT
O Wall Street Journal revelou que o The New York Times fez um acordo com o Google e receberá cerca de US$ 100 milhões pelo uso de seus conteúdos pelos próximos 3 anos. O combinado está relacionado com a distribuição de reportagens do site no Google News Showcase, nova aposta da gigante da tecnologia que está chegando agora aos EUA, mas já foi lançada por aqui no Brasil com o nome Destaques. É a maior remuneração de uma empresa de conteúdo que se tem notícia. A Meta tem uma iniciativa parecida, mas não atinge cifras tão altas…
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Link(edin) nos comentários
A Sprout fez mais um de seus testes práticos para responder a dúvida: colocar links nos comentários ao invés do post realmente melhora o alcance no LinkedIn? A resposta (com todos os detalhes sobre o teste) é: sim! Publicações com links tiveram, em média, 3x menos impressões que aquelas com o link nos comentários. E, pra surpresa geral, o engajamento também foi melhor: 141 contra 261, respectivamente. A gente sempre desconfiou, agora tem a prova. A melhor solução é mandar aquele “link nos comentários!” no final de cada post.
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
A Mindbody é uma empresa de softwares de agendamento e gerenciamento para empresas de bem estar. Como toda boa marca B2B, ela sabe que gerar leads e criar engajamento envolve fazer muito conteúdo tirando dúvidas, oferecendo soluções e insights sobre negócios. E por isso mesmo, eles tem um blog dedicado ao tema. Mas tiveram uma sacada genial ao criar um sistema de assuntos, formatos e áreas de mercado que facilita muito a busca na hora de consultar. Transformaram um blog num verdadeiro hub de consulta para empresas, tudo pela escolha hábil de assuntos e a forma de organizar a linha editorial e a experiência de busca. Baita inspiração!
CHORRINDO
Essa é pra turma do SEO. Um guia rápido para as tags de heading:
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• BeReal em queda. Todas as redes sociais estão fadadas ao fracasso?
• UX: os pop-ups voltaram com tudo, mesmo com todos odiando eles
• A estranha lógica do valor na economia da atenção
Resultado do teste rápido
Opção B. Cristiano Ronaldo. O jogador tem mais de 517 milhões de seguidores, somando Twitter, YouTube, Facebook e Instagram (a maior delas). Todos os outros do teste estão no top 20, que você confere aqui.
Obrigado pela leitura!
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Escrita por mim, Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).
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Até a próxima!