RECHEIO - Vendo um vídeo
#️⃣ Edição 29
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O YouTube é muito mais do que um depósito de vídeos.
Ele é uma unanimidade. Só entre os brasileiros, são mais de 105 milhões/mês. No total, são mais de 2,5 bilhões de usuários, com 122 milhões deles entrando diariamente para consumir absurdos 1 bilhão de horas de conteúdos todos os dias.
No ano passado, as pessoas dedicaram cerca de 23,7 horas por mês no YT.
Estou falando tudo isso para deixar claro: TikTok e Instagram podem estar mudando a maneira como consumimos vídeo. Mas quem criou esse hábito e transformou ele em necessidade foi a maior rede do gênero do mundo. E isso não vai mudar tão cedo.
Em uma pesquisa recente sobre os hábitos de consumo dos adolescentes dos EUA, o YouTube ficou no topo do ranking de rede social mais utilizada.
95% dos jovens dos 13 aos 17 anos usam a plataforma. São 28 p.p. a mais do que o TikTok, reconhecidamente a rede mais jovem entre os jovens.
Mas não é só público de K-Pop e Ariana Grande. Entre os adultos, 74% também assistem vídeos lá. Nenhuma outra rede social consegue agradar tantos perfis diferentes.
O segredo?
Variedade. E em duas maneiras diferentes:
Formatos de todos os tipos podem ser encontrados por lá. No início, eram os vídeos curtos. Logo, deram espaço aos Vlogs. Depois, veio a era das Lives. Hoje, são os podcasts diários. E nenhum desses tirou a audiência de outros. Diferente do Insta, onde o Reels matou o IGTV, que por sua vez matou o feed quadrado, os diferentes tipos de vídeo do YT conseguem conviver e criar hábitos de consumo diferentes.
E também tem conteúdos intermináveis. Virais, Unboxing, Tutoriais, Reacts, Compilações… Pense em um tipo de conteúdo em vídeo atual, ele certamente nasceu no YouTube. E tanto para entretenimento quanto para informação, esses diferentes tipos de conteúdos conseguiram se adaptar para atender aos gostos desse público tão variado. Tem de tudo pra todo mundo.
(gráfico do Hubspot)
Então, a pergunta a se fazer é:
Você está produzindo vídeos para o YouTube?
A oferta e variedade são tão grandes por lá que realmente isso cria um terreno difícil de competir. Mas, diferente do Insta e do TikTok, no YouTube a sua audiência de fato é sua. Eles vêm atrás do seu canal. E podem descobrir o que você têm a oferecer com uma simples busca na barra superior. Desde que você tenha uma estratégia por trás da sua produção. Minha lista de dicas:
Não tenha vergonha. Faça e publique primeiro. Melhore depois.
Teste títulos e thumbs. Não existe modelo final até você ter certeza que eles são os mais atraentes possíveis.
Faça descrições que ajudam a guiar o usuário. Marque minutagens para os temas do vídeo e faça links para outros conteúdos.
Faça legendas. Afinal, acessibilidade = mais acessos.
Engaje! A caixa de comentários fica ali embaixo do vídeo por uma razão.
Abuse das playlists. Pense em diferentes maneiras de reunir vídeos que você publicou e até mesmo de outros canais. Por tema, formato, duração…
Faça lives. E não precisa ser nada elaborado demais. Uma sessão de perguntas e respostas sempre costuma ir bem.
Faça colabs. A união faz a força. E o YouTube gosta.
ALIÁS, DEIXA EU PERGUNTAR
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Um gráfico pra você pensar…
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.
Vai dar pra programar no Instagram
Literalmente, através de uma ferramenta nativa do app. Eu não quero deixar você com falsas esperanças, mas temos prints que mostram que o projeto é bem real. Segundo as telas, até mesmo o Reels vai ser passível de programação prévia direto no aplicativo. Acredite, até os Stories estão lá! Ainda não há data para a chegada da função, mas quem tem acessado a versão admin do Insta tem visto alterações por lá que indicam: está perto de acontecer.
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Streaming ao extremo
Segundo a consultoria Nielsen, as pessoas assistiram mais streaming do que televisão nos Estados Unidos pela primeira vez na história. Aconteceu em julho, quando as plataformas somadas atingiram 34,8% de share, contra 34,4% do cabo e 21,6% da televisão tradicional. Foi um crescimento de 22,6% em relação ao ano passado para Disney+, Netflix, YouTube e companhia — e um caminho em volta para nossos hábitos de consumo de conteúdo.
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Google atualiza seus snippets
Sim, os destaques na página de resultados. A empresa anunciou novas maneiras das informações serem divulgadas por lá. Todas guiadas por seu modelo de inteligência artificial, o MUM (Multitask Unified Model). A principal novidade é a capacidade de avaliar qual é a resposta correta a uma pergunta por consenso — ou seja, caso muitos sites de relevância apontem uma mesma resposta, ela aparece como snippet na busca. Por um lado, o Google segue concentrando a navegação nos próprios resultados ao invés de incentivar o clique para fora. Por outro lado, é mais uma chance de ranquear bem ao ter respostas claras bem tagueadas no seu site.
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Checklist para o seu SEO
Aproveitando, o Hubspot deu um atualizada na lista de principais ações para melhorar o rankeamento do SEO. Na real, não tem nada de muito novo, mas não custa reforçar, afinal, é a consistência que traz o resultado:
Otimize seu conteúdo já existente
Estruture o conteúdo para aparecer como snippet
Crie novos conteúdos baseados em KW de baixa competitividade
Vá atrás de backlinks de sites de autoridade
Otimize as imagens
Rastreie os dados com o Google Analytics
Certifique-se que seu site é mobile friendly
Otimize a página para fatores on-page de SEO
Reduza os tempos de carregamento
Aprimore o SEO local
Use links internos.
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
Às vezes, a melhor estratégia de conteúdo é simplesmente… fazer a lição de casa direito. É o caso da Purple, uma marca de colchões que lançou um blog dedicado a dúvidas, dicas e à ciência do sono. O Snooze Feed (algo como Feed da Soneca) tem conteúdos muito bons, curiosos e informativos. Desde cuidados com o colchão até estatísticas sobre o sono. Se a ideia é dominar o tema-raiz da sua marca, a Purple não deixa dúvida. Literalmente.
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• Como receber selo de verificação no TikTok.
• O Instagram abriu a receita de como cria recomendações de conteúdo.
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