RECHEIO - Segura a ansiedade
#59
Quem gerencia equipes e estratégias de conteúdo se acostuma a tomar decisões mesmo sem ter muita clareza. Na maioria das vezes, as escolhas e definições que a gente faz está cercada de muita incerteza. Costumo dizer que quem tem esse papel em uma empresa é uma…
LIDERÂNSIA DE CONTEÚDO
Uma combinação muito única de liderança + ânsia, no sentido de ansiedade mesmo.
Porque a estratégia de conteúdo tem o papel fundamental de criar consistência para a marca e para o marketing, com um público que se torna engajado de maneira previsível a partir de publicações periódicas e bem planejadas.
Mas as coisas não ficam simples… Seja porque o algoritmo da rede social muda de uma hora pra outra. Ou pela necessidade de adotar soluções de Inteligência Artificial rapidamente na estratégia (mesmo sem saber usar direito). Ou porque aquele plano bem traçado não deu o resultado esperado e agora é hora de mudar tudo…
Liderar em conteúdo é liderar com incerteza.
Por mais que os conteúdos publicados pareçam simples para as outras pessoas do marketing (e mais ainda dos outros departamentos da empresa), a gente sabe que eles carregam uma simplicidade que envolveu muita complexidade na hora de serem elaborados.
A solução mais natural para as liderânsias de conteúdo acaba sendo desenvolver estratégias dinâmicas, capazes de se adaptar rapidamente (“publica isso hoje”, “vamos aproveitar essa trend”, “vamos repensar o cronograma da próxima semana”), mas que ao mesmo tempo parecem sempre ser insuficientes.
Conteúdo de verdade não é checklist, é uma conversa.
Então você precisa construir um ritmo. Como naquele papo agradável que você tem com alguém e nem vê o tempo passar.
É importantíssimo segurar a ansiedade e, mesmo na mudança brusca de programação, saber como fazer uma transição que respeite o tempo da conversa que você gerou na sua estratégia e, assim, também respeitar o tempo do seu público sem transferir a sua ansiedade.
Então tudo bem…
…Esperar mais alguns dias para divulgar aquele produto novo, de um jeito melhor planejado.
…Fazer um post simples para iniciar a conversa e deixar o mais elaborado para outro momento.
…Dimensionar as entregas da equipe de acordo com o que todo mundo vai dar conta de fazer com a devida atenção.
…Aguardar os resultados da última ação consolidarem antes de decidir o próximo conteúdo.
Eu sei que você já sabe de tudo isso, mas às vezes é importante ter alguém lembrando que tem muita coisa na rotina que amplia a voz da ansiedade. O que não quer dizer que ela está com a razão. Sua experiência é que está, não a ignore.
TESTE RÁPIDO
A Meta comprou o GIPHY em 2021 por US$ 315 milhões. Por quanto ela vendeu empresa esta semana para a Shutterstock?
A. US$ 350 milhões
B. US$ 300 milhões
C. US$ 153 milhões
D. US$ 53 milhões
Resposta no fim da news!
RECHEADA DE INFORMAÇÃO
Um gráfico pra você pensar…
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.
Twitstagram
Depois de algumas semanas (meses) de suspense, finalmente pudemos ter a primeira espiada no concorrente do Twitter que a Meta está criando. Internamente chamado de Barcelona, o app tem uma cara bem parecida com o site do passarinho azul, mas com os elementos visuais tirados inteiramente do Instagram. Até agora, o que sabemos é que os posts serão limitados a 500 caracteres, terá muitas opções de controle de privacidade e vai dividir seguidores com o Insta. Outro detalhe importante: ele vai ser compatível com o Mastodon, uma rede social descentralizada. Por enquanto, tudo é um teste, mas com uma cara bem parecida com um produto finalizado. O lançamento é esperado para junho.
—
WhatsApp (editado)
Você já deve ter visto, mas não custa reforçar: o WhatsApp liberou a edição de mensagens enviadas. Os usuários contam com exatos 15 minutos para alterar o conteúdo do texto e um aviso de “editada” parece ao lado do horário de envio. O conteúdo original da mensagem, porém, não vai poder ser visualizado.
—
Autoridade no Google
O Google anunciou um novo sistema de medição de autoridade para sites. O foco é valorizar o ranqueamento de páginas noticiosas que tratam de temas mais de nicho. O “topic authority” vai ajudar a destacar conteúdos “relevantes, experts e bem informados” nos resultados de busca do Google e Google Notícias. Isso será medido em três condições:
Quão notável é a fonte/site para aquele tópico ou localização.
Grau de influência e de informações originais.
Reputação da fonte/site.
O projeto é bem voltado para sites jornalísticos, mas abre muitas possibilidades para projetos de conteúdo informativos com boas fontes e diferentes autores.
—
Falando em Google…
Nesta semana, rolou o evento do Google para marketing onde a empresa falou muito (muito) sobre aplicação de Inteligência Artificial. O centro das atenções foi a plataforma de Ads, com direito a exibição de funções generativas como criar packs de imagens de produtos a partir de apenas uma foto e gerar campanhas inteiras, com direito a vídeo e locução, através de um chat de AI. Além disso, a empresa deu uma prévia da experiência de anúncios dentro do Bard, seu concorrente para o ChatGPT. A solução pareceu bem integrada, mas ainda há muito mistério sobre como (e quanto custa) colocar a marca ali. Os testes para um público beta começam este mês nos EUA.
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.
Todo mundo que lê a RECHEIO já sabe que eu sou fã de empresas com uma boa área de publicação de conteúdos em seus sites. Pra que fazer um blog cheio de anúncios corporativos e posts focados em SEO? Isso é chato. Um blog tem um potencial enorme de posicionar, educar e dar relevância. É o caso do case de hoje: o app de finanças para estudantes MOS dedica espaço para textos sobre dicas de equilíbrio financeiro, conceitos práticos de economia e (muitos) guias. A sacada é que os conteúdos vão além de finanças puras, mas também tratam sobre estudos e bolsas estudantis, o que faz todo o sentido para o público-alvo dos EUA! Exemplo bom de como ir além sem ficar chato.
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• Dicas 1: para sua estratégia de distribuição
• Dicas 2: design para criar gráficos incríveis de social
• Dicas 3: evite os 15 maiores erros de etiqueta em social
RESULTADO DO TESTE RÁPIDO
Opção D. US$ 53 milhões. Sim, US$ 260 milhões de prejuízo. Isso porque a empresa de Mark Zuckerberg foi obrigada a se desfazer da plataforma de gifs após uma decisão da justiça europeia contra monopólio. Você entende melhor sobre o imbróglio aqui.
Obrigado pela leitura!
Esta é a newsletter RECHEIO. Toda quinta-feira, às 07h08, conteúdo que importa direto no seu e-mail.
Por, Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).
Quero saber o que achou! É só responder este email. Mande opiniões, dúvidas e críticas.
Até a próxima!